sábado, 18 de dezembro de 2010

A estupidez ao serviço de todos!

A gente que habita este País não deixa de me espantar! Eis o que me aconteceu no final da semana passada:
No caminho da estação do Areeiro onde saio do comboio até ao emprego passei por um banco de jardim que se situa em frente a uma agência do BES na Praça de Londres. Olhei casualmente para o referido banco e deparei com uma chave de automóvel e comando de alarme esquecidos sobre ele. Alguém que ali se sentara as esqueceu. Agarrei no porta chaves que incluía, além da chave e do comando, uma etiqueta de código de barras do Continente (para acumulação de descontos), uma outra etiqueta da BlockBuster (Aluguer de videos) e uma pequena chapa metálica com um número de 5 dígitos.
Assim que cheguei ao emprego, ciente da aflição que a pessoa deveria estar a sentir ao dar pela perda da chave, tentei, através dos elementos que dispunha, contactar quem as perdera.
Fui à Internet e descobri que a Blockbuster já não opera em Portugal. Aqui, assunto arrumado! Agarrei na etiqueta do Continente e contactei o departamento desta grande superfície que faz a gestão de clientes do cartão. Sabendo que não podem ser facultados os dados associados ao cartão (o que compreendo perfeitamente) solicitei à funcionária que, através do número do cartão, entrasse em contacto com a pessoa facultando-lhe o meu contacto no sentido de lhe ser restituída a preciosa chave... fácil, não é? Errado! A enfadada funcionária comunica-me para meu enorme espanto que não havia contacto nenhum do cliente associado ao cartão. Eu próprio sou detentor de um desses cartões e lembro-me perfeitamente do enorme questionário em que só faltava declarar a cor das minhas cuecas... não tem número de telefone? Estão a brincar comigo? Assumi logo que o "problema" dava muito trabalho e era preferível ignorá-lo.
Desiludido mas não derrotado e ainda com o meu sentido cívico e solidariedade no seu auge, fui novamente à net e consegui o contacto da Mitsubishi (marca de automóvel a que correspondia a chave...esperto eu, não?) e liguei. Atendeu-me um funcionário da referida marca, solicito e amável (se calhar pensando que eu queria comprar um carro!). Expliquei-lhe a situação ao mesmo tempo que ouvia o seu "silêncio". Mencionei a "chapinha numérica" perguntando se o número de 5 dígitos constante na mesma se referia à identificação da chave - confirmado! Sim senhor é essa a identificação da chave. Esbocei um largo sorriso pensando - Porra, consegui! Mas não... muito profissionalmente fui informado que não só não podiam facultar os dados do cliente (isto eu já sabia) como não poderiam informar o cliente porque isso é considerada uma violação de um segredo imposto pela firma!!! Passei-me! Só me faltou chamar-lhe "pai". Disse-lhe estar estupefacto com a falta de sensibilidade e colaboração, não para comigo mas para o cliente que perdeu a chave! O homem, respondeu que, iria tentar saber então de quem se tratava e que me comunicaria o resultado da sua pesquisa. Nunca mais me ligou! Em suma... neste país, os "burocratas de merda" que ocupam lugares provavelmente mais bem desempenhados por pessoas de melhores valores e ética, emperram toda e qualquer tentativa de resolver um (minúsculo) problema. Neste momento, alguém vai ter um enorme transtorno ao ter de mandar fazer uma nova chave (o que custa um balúrdio) ou a mudar a fechadura do carro (um balúrdio ainda maior) porque uns seres miseráveis e burocratas se estiveram a c.... para o assunto.
Desejo sinceramente que uma situação idêntica lhes aconteça mas rezo para que estejam em Vila Real de Trás-os-Montes durante as férias da Páscoa e que deparem com uns mentecaptos iguais a eles próprios.
É nestas alturas que penso que a raça Lusitana está abaixo da classe das amibas...

Nota final: Ainda tenho comigo a referida chave mas não sei o que mais posso fazer para que ela chegue às mãos do seu proprietário... resta esta humilde postagem... se souberem de alguém que esteja nesta situação, por favor informem-no. Obrigado pelo vosso tempo. Ah... e se quiserem comprar um carro, esqueçam a Mitsubishi porque pelos vistos... depois do carro vendido estão por vossa conta. E já agora, quando subscreverem o Cartão Continente e lhes derem aquele enorme questionário perguntem para que serve... se calhar vão ter uma surpresa! Eu mandava-os meter o questionário num sítio "onde o sol não brilha"!

Boas Festas a Todos!

4 comentários:

Armando Inocentes disse...

Caro José Ramalho:

Basta transpores isto para o Karaté!

Como sabes em Novembro foi enviado a todas as associações um questionário para saber das necessidades de formação, onde um dos pontos tanto para treinadores como para árbitros era qualquer coisa acerca de ética e deontologia no Karaté.

Ora para uma conferência que se realizou os organizadores solicitaram um crédito para os treinadores... mas não veio
porque a acção não tinha "especificidade suficiente no âmbito da carreira de
Treinador de Karaté" (sic).

Ou talvez porque os treinadores que se iam candidatar aos cursos que abriram nesse mesmo dia já tinham todos os créditos que necessitavam...

Um abraço

Anónimo disse...

Eu sugiro que volte a pôr a chave no banco do jardim...
Advelino

Jorge Peixoto disse...

O melhor é levar a chave COM O BANCO, à Mitsubishi e eles que façam o que quiser com aquilo...

Anónimo disse...

Porque não dar a chave ao funcionário do banco onde o encontraste?
Ahn?
Piadinha fixe.

David

HOSHIN-DO PORTUGAL

HOSHIN-DO PORTUGAL
CLUBE DE KARATÉ E DEFESA PESSOAL

HOSHINDO PORTUGAL

O Hoshin-Do Portugal - Clube de Karaté e Defesa Pessoal, foi criado com a finalidade de promover a prática do Karaté Goju-Ryu e da sua vertente de Defesa Pessoal.
Tem a sua sede na
Rua do Amor Perfeito, Nº 23 - 2745-717 Massamá
Os seus Instrutores são:

José Ramalho - 4º Dan
Nuno Santos - 4º Dan
Rui Catarrinha - 3º Dan
Joana Perdiz - 2º Dan